O Amigo americano: Cultura e Imperialismo em tempos de “Boa Vizinhança”
DOI:
https://doi.org/10.24265/cian.2020.n12.11Palabras clave:
Cultura e imperialismo, Colonialismo, Modernidade, CinemaResumen
Este artigo propõe uma reflexão sobre o papel da indústria de Hollywood como instrumento da colonialidade na América Latina, durante a Política da “Boa Vizinhança”, a partir da atuação de Carmen Miranda em filmes de Hollywood. Para tanto, utilizo como contribuição teórica os conceitos de colonialidade do poder, do saber e do ser, e da geopolítica do conhecimento, presentes no pensamento de Quijano (2005, 2009), Mignolo (2003) e Maldonado-Torres (2009), bem como a contribuição de intelectuais pós-coloniais, como Bhabha (2005) e Said (1995). A princípio, abordo o contexto histórico que ajudou a “impulsionar” o sucesso de Carmen nos Estados Unidos e a condição estereotipada de que a cantora e atriz tornou-se refém durante sua estada na América. A seguir, dialogo com os posicionamentos dos pensadores citados e as considerações sobre o papel da indústria hollywoodiana como instrumento de afirmação da “diferença colonial”. Ao final, aponto a necessidade das Políticas Públicas para o enfrentamento dessa colonialidade do imaginário moderno / colonial, levando em consideração não apenas o campo econômico, mas, principalmente o cidadão e as dimensões simbólicas.
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